O Parque Indígena do Xingu foi criado em
1961 pelos os irmãos Villas-Boas.
Irmão Villas-Boas |
Possui 2,7 milhões de hectares, que é
dividido em três partes: O norte, conhecido como baixo Xingu, uma área central,
conhecido como médio Xingu, e o sul, conhecido como alto Xingu, onde fica os
formadores do rio Xingu. Ele é divulgado em livros e reportagens como o
“Paraíso indígena”, pois é visto como um lugar onde os índios ainda vivem em
seu estado primitivo, sem precisar se preocupar diretamente com os problemas da
civilização. Porém essa visão não está completamente certa, porque os índios
ainda passam muitos conflitos, pois ainda existe, mesmo que veladamente, um
pensamento de que o indígena não consegue administrar a sua própria vida. Ainda
há muitas interferências de organizações não indígenas no Xingu. Um exemplo é o
assedio de empresas que querem explorar turisticamente a região, e apesar da
maioria das lideranças indígenas terem discordados, hoje existe um pequeno
hotel próximo a aldeia doa Kamaiurá. Uma das maiores preocupações do PIX é o
desmatamento das cabeceiras dos rios que formam a bacia do rio Xingu.
Como se
localiza fora do parque, alguns agricultores acabam utilizando a área para
plantio de soja e pecuária. Isso faz com que a água possa carregar alguns
agrotóxicos. Isso afeta muito a vida dos indígenas pois o peixe é um grande
item na dieta do índio, e os agrotóxicos podem acabar matando os peixes, e os
índios irão ter dificuldades de se alimentar. Outro problema é a construção de
usinas elétricas nos principais rios do Xingu. Belo Monte irá provocar a
alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água,
afetando a fauna e a flora da região. Sem dizer que também pode trazer um dano
cultural para a região, pois irá afetar a maneira qual os índios vivem. Estes
irão ter que se readaptar, pois irá afetar a quantidade de peixe que chega
nessa área, sem dizer que pode provocar um alagamento na região em qual vivem,
os forçando a se mudar. Um
dos rios ameaçados recebe o nome de Von den Steinen, um antropólogo alemão que
realizou umas das primeiras expedições cientificas no Mato Grosso. Sua ideia
sobre o Xingu se resume a:
Mapa do Xingu |
“Qual será o futuro dos nossos amigos do Xingu? São 3 mil aborígenes que apresentamos, primitivos como saíram das mãos da natureza, portanto, capazes de desenvolvimento intelectual e moral se forem guiados propriamente, ou brutais se forem maltratados”Alguns séculos mais tarde, Aritana, cacique do povo Yawalapiti, resume o processo de luta por emancipação dos povos da região:
“ O orlando [villas-boas] Já fez coisa demais para nós, agora é nossa vez de cuidar daqui. Nós não queremos mais o branco mandando e defendendo a gente, queremos que os própios índios se relacionem com o Governo, mandem documentos, contratem médicos e professores”
o que podemos concluir, depois desses dois
depoimentos, é que o que Steinen disse acabou se realizando: Os irmão
villas-boas foram bons guias para os índios, iniciando um projeto para
ajuda-los da melhor maneira possível. Com isso, os índios conseguiram balancear
a sua vida na civilização e a sua vida cultural indígena, desenvolvendo um
intelectuo, e querendo participar e ajudar em causas a respeito do Xingu.
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