Monday, April 7, 2014

O índio atualmente

O Brasil desde sua colonização mudou drasticamente, e essa mudança, física, geológica, afeta consideravelmente os índigenas, que atualmente se encontra com uma população de cerca 740 mil.

 Com uma imposição cristã na sociedade brasileira, vieram novos costumes, tais como andar de roupa, comer com talheres, a língua portuguesa,  e etc. Alguns índios atualmente se renderam á costumes, muitas crianças frequentam a escola e aprendem o português, muitos indígenas utilizam computadores, celulares e televisões. Porém, essa introdução a uma sociedade diferente não quer dizer que essas pessoas abandonaram sua cultura, suas tradições. Um exemplo disso, é que, quando algum indígena fica doente em sua aldeia, ele não é levado para algum hospital, e sim tratado ali mesmo por um curandeiro, isso porque os índios tem muito conhecimento de ervas e de plantas.


Enquanto alguns indígenas já fizeram uma introdução na nossa sociedade, e praticam alguns costumes, outros nem sequer tiveram contato com o homem branco.Acredita-se, segundo a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) que existam cerca de 77 aldeias sem contato com o mundo externo na floresta amazônica, e será que vale a pena entrar em contato com elas? Estamos em uma época onde os índios estão se adaptando a nossa cultura. Claro que não é errado, é a escolha dele. Mas será que estamos prontos para perder uma parte da história e da cultura, não só do nosso país, mas como do planeta todo? Por mais que o índio continue praticando seus rituais, uma hora ou outra ele vai querer explorar, descobrir como é a nossa sociedade. A curiosidade, a busca de novos conhecimentos é natural do ser humano. Então honestamente não. Não devemos arriscar fazer contato com esses povos que ainda não tiveram. Claro que poderá acontecer uma hora ou outra, mas quanto mais nós esperarmos, mais a nossa cultura poderá perjurar. 

O índio

O índio
O romantismo tem como um dos temas o índio
Aquele que refere-se como selvagem
Não somente como selvagem, mas como o bom  selvagem
No qual foi intitulado como mau e inocente

O índio tinha seus hábitos e suas crenças
Porém chegou o homem branco e tentou impor sua cultura
Foram catequizados pelos jesuítas e escravizados pelo branco
Muitos dos índios brasileiros fugiram ou se suicidaram

Além da escravidão, as doenças que foram trazidas pelo homem branco.
Dizimaram várias tribos indígenas
No Brasil de 1.500 o extermínio foi feito dessa maneira
No Brasil do século XX e XXI esse extermínio se deu quando
O homem branco tomou suas terras

Com o pretexto de preservar a cultura do índio
São criadas reservas indígenas
Mas na verdade essas reservas só beneficiam
Aquele que busca seu próprio interesse esquecendo- se  das raízes brasileiras


COR
VOZ VERBAL
AMARELO
VOZ  ATIVA
AZUL
VOZ PASSIVA
CINZA
VOZ REFLEXIVA

Século XIX

O Romantismo teve inicio no Brasil em 1836. Foi o primeiro movimento artístico brasileiro, e aconteceu após alguns anos de nossa independência. por isso, era evitada ao máximo a comparação e imitação com o português. Algumas características: subjetivismo, individualismo, sentimentalismo. O livro qual iremos analisar é Iracema, escrito por José de Alencar. 

A obra é escrita na terceira pessoa, ocorre na colonização do Brasil, no Ceará, em 1608, e possuí um narrador observador. Ele conta a história do ponto de vista de Iracema, privilegiando assim, seus sentimentos. Iracema possui o estilo indianista, utilizando de características como o índio sendo o herói, o amor platônico, o nativismo, o senso de pátria. A verossimilhança é a relação que se estabelece entre a realidade e Iracema sobre a colonização do Brasil. Os brancos europeus são representados por Martim.

            A história do livro começa com o final, onde logo após a morte de Iracema, seu filho e seu esposo (Moacir e Martim) voltam para Portugal, é descrito um pouco do trajeto, onde aparentemente foi tranquilo, mas com algumas tempestades. Depois fala um pouco sobre o nascimento da virgem dos lábios de mel, que tinha cabelos escuros e compridos. Iracema é uma guerreira da tribo tabajara, quando está saindo do banho com a companhia de sua amiga, se depara com um estranho. Elas ficam paradas o analisando e estão assustadas, então ela joga uma flecha que pega nele de raspão, ela percebe a mágoa em seu rosto e pede desculpas, quebrando sua flecha e entregando-o a haste e ficando com a ponta farpada e deseja boas-vindas à ele.
            Iracema leva Martim (filho de guerreiro) até a cabana de Araquém, onde é recebido com hospitalidade. O pajé deixa seus guerreiros e as mulheres da tribo à disposição do estrangeiro, para protegê-lo e servi-lo. Para mostrar confiança conta que é amigo dos pitiguaras, inimigos dos tabajaras e mesmo assim ele é considerado bem-vindo na tribo. Quando o pajé sai da cabana, Iracema chega com as mulheres da tribo para servir ao filho guerreiro e ele recusa as mulheres, falando que só quer a Iracema, porém ela já está comprometida com outro. Chateado, ele saiu da cabana, saindo, conseguiu ver alguns rituais indígenas e quando estava perto da floresta, aparece Iracema que não o deixa ir embora. E eles voltam para a cabana e dormem. No outro dia, os nativos conversam sobre uma guerra que pode acontecer e soltam o grito de guerra contra os potiguaras e Irapuã fica com cólera. Bate a nostalgia em Martim, o que faz com que este reflita sobre o lugar que veio e sobre as pessoas que deixou para trás. A virgem dos lábios de mel fica triste ao vê-lo assim e o leva no bosque sagrado da jurema, onde lá ele toma um licor estranho. Quando bebe sonha com Iracema e eles se beijam rapidamente, mas ela se afasta. Irapuã pega a virgem com o estrangeiro no bosque, que era proibido e só pessoas com autorização poderiam entrar, o ciúmes toma conta do prometido dela e ele ameaça matar o filho de guerra. Disse que quem ousasse possuir Iracema morreria, com isso, Martim deveria partir com seu irmão.
            Irapuã encontra os fugitivos e Iracema está no meio, começa um combate entre os tabajaras e os pitiguaras. Neste combate, Iracema pede a Martim que não mate Caubi, seu irmão, e salva a vida do estrangeiro. Os tabajaras vão embora, deixando Iracema triste e com vergonha. Então Iracema, Martim e Pote vão para o território Pitiguara, fazendo antes de morrer uma profecia. Iracema engravida e acompanhada de Poti pinta o corpo de Martim, que passa a ser Coatiabo, que ainda assim continua tendo saudades da pátria.
      Poti e Martim ficam sabendo da aliança dos franceses com os tabajaras e então partem para a guerra, deixando Iracema sozinha, com isso, a virgem tem uma visão que sua morte será com o nascimento do seu filho. Eles saem vitoriosos, porém, enquanto estavam fora ela teve seu filho, que o chamou de Moacir, filho da dor. Quando acordou se deparou com seu irmão que admirou a criança, e perdoou sua irmã. A criança estava conseguindo viver, mas a mãe ficava cada vez mais fraca, estava tão fraca que quando o pai chegou só teve forças para erguer os braços e apresentar o filho ao pai e então faleceu. O sofrimento do esposo foi grande, porque perdeu seu amor. O lugar onde ela foi enterrada foi chamado de Ceará.         
     Quatro anos depois Martim e Moacir voltaram para o Ceará, implantando a fé cristã. Poti virou cristão e continuou com sua fidelidade ao amigo. Às vezes, o filho guerreiro visitava o local onde foi muito feliz e morria de saudades e ficava cantando perto do coqueiro onde sua amada foi enterrada.
     Com essa história podemos concluir que Iracema deixou seu costumo, sua tribo, sua religião para ir atrás de Martim, mostrando a submissão que os nativos tinham pelos colonizadores portugueses.
     Atualmente e principalmente no nordeste do país, as pessoas acreditam que esta história realmente existiu, tanto que possui uma estátua da jovem Iracema em Fortaleza.
     Em Iracema ocorre um excesso de comparações, repetição de certas imagens, desalinho no estilo dos últimos capítulos, possuí metáfora e seu romance é considerado mais bem estruturado sobre o ponto de vista estético. O argumento histórico utilizado foi à colonização do Ceará. Com a obra se inaugura o mito heroico da pátria. 
     Iracema é sempre comparada com elementos da fauna e da flora, sendo assemelhada às heroínas românticas europeias. No romantismo europeu, Iracema era chamada de mulher-anjo.
     José de Alencar foi um importando autor do movimento romântico, onde se destacou em outras gerações do romantismo, mas a que ele mais se destacou foi o indianismo, duas obras suas de maior importância nesta primeira geração são O guarani e Iracema.

    Diferentemente do que ocorre nos outros romances de José de Alencar, como O guarani, o enredo de Iracema é aberto a interpretações. No prólogo deste livro, ele menciona que Gonçalves Dias era como um poeta nacional por excelência. E então ele começa a criticar os textos feitos, falando que o conhecimento da língua indígena é o melhor critério para a nacionalidade da literatura e a partir disso que deve sair o verdadeiro poema nacional, mas os escritores consideravam que a língua deles enfenharia os seus poemas ou prosas. Por isso, ele é considerado um exemplo do nacionalismo ufanista e indianista. 
José de Alencar 

     José de Alencar é um dos principais autores do indianismo, ele foi romancista, dramaturgo, jornalista e político brasileiro. Viveu a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro. foi eleito várias vezes deputado, e chegou a ocupar o cargo de ministro da justiça. 
    Em seu livro, O Guarani, José escrevia movido por um sentimento patriota. Ele deixava em evidência a maneira de sentir e pensar tipicamente brasileira.
O livro O Guarani fala sobre o amor entre um índio (Peri) e uma filha de um português (Ceci). Peri possui características de um herói europeu, ele é retratado como bom, livre e feliz, o que era de acordo com a filosofia de Rousseau, que foi uma figura de transição do Iluminismo, considerado precursor do Romantismo.
De acordo com a filosofia de Rousseau, o ser humano em estado de natureza vivia isolado, livre, feliz, guiado por bons sentimentos e em harmonia com seu habitat natural era chamado o bom selvagem e essa condição teria se modificado apenas no momento em que alguém cercou um terreno e disse que era seu causando revolta nos habitantes do local, corrompendo o homem. Que é contrária a versão do filósofo absolutista Hobbes, que  pressupôs que os seres humanos são maus por natureza e não são naturalmente sociais, supôs que no princípio teriam vivido isolados e em luta permanente por interesses individuais. Como não havia sociedade organizada, eles faziam o que podiam para se proteger , era uma guerra de todos contra todos em que "o homem ´ o lobo do próprio homem"
     O Romantismo também influenciou a arte. Na arte plástica, os trabalhos com temática indianista surgiram com certo atraso em relação à literatura, porém, apresentava os mesmos traços de idealizar o compromisso com o projeto de construir uma identidade cultural brasileira, mas apresentaram algumas diferenças na pintura e na escultura, onde elas tendem a fugir do caráter heróico e cheio de movimento que a literatura prezava. 
A. Rodigues Duarte, Exéquias de Atalá
     As características formais dos românticos da Escola Imperial de Belas Artes deram ênfase à expressividade da luz, ao traço orgânico e as cores vibrantes que enalteciam o sentimento apaixonado de uma estética oposta à precisão e nitidez fria e exemplar do neoclássico. O paradigma da emoção sobre a razão valorizou ainda a beleza da mulher indígena, aspectos religiosos e morais, a bravura e pureza da alma humana.
     Os artistas privilegiaram os episódios e o tratamento lírico trágico do tema, bem romântico, tanto que os índios são representados em situações trágicas (mortos ou afogando-se em lágrimas), em consequência da sedução amorosa ou de batalhas. Os índios em sua maioria eram representados como portugueses.
    Já as esculturas são alegorias, sendo que no trabalho de Chaves Pinheiro a identificação entre o Brasil e o índio é explícita, e dessa identificação podemos captar as características tradicionais do índio romântico: forte, robusto, viril, sereno, tranquilo e bonito. 
    O primeiro documento em que aparece a imagem do índio brasileiro é o livro acompanhado de ilustrações Viagens e Aventuras no Brasil, escrito por Hans Staden em 1557.








Xingu


     O Parque Indígena do Xingu foi criado em 1961 pelos os irmãos Villas-Boas.
Irmão Villas-Boas

Possui 2,7 milhões de hectares, que é dividido em três partes: O norte, conhecido como baixo Xingu, uma área central, conhecido como médio Xingu, e o sul, conhecido como alto Xingu, onde fica os formadores do rio Xingu. Ele é divulgado em livros e reportagens como o “Paraíso indígena”, pois é visto como um lugar onde os índios ainda vivem em seu estado primitivo, sem precisar se preocupar diretamente com os problemas da civilização. Porém essa visão não está completamente certa, porque os índios ainda passam muitos conflitos, pois ainda existe, mesmo que veladamente, um pensamento de que o indígena não consegue administrar a sua própria vida. Ainda há muitas interferências de organizações não indígenas no Xingu. Um exemplo é o assedio de empresas que querem explorar turisticamente a região, e apesar da maioria das lideranças indígenas terem discordados, hoje existe um pequeno hotel próximo a aldeia doa Kamaiurá. Uma das maiores preocupações do PIX é o desmatamento das cabeceiras dos rios que formam a bacia do rio Xingu.
Mapa do Xingu
Como se localiza fora do parque, alguns agricultores acabam utilizando a área para plantio de soja e pecuária. Isso faz com que a água possa carregar alguns agrotóxicos. Isso afeta muito a vida dos indígenas pois o peixe é um grande item na dieta do índio, e os agrotóxicos podem acabar matando os peixes, e os índios irão ter dificuldades de se alimentar. Outro problema é a construção de usinas elétricas nos principais rios do Xingu. Belo Monte irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a fauna e a flora da região. Sem dizer que também pode trazer um dano cultural para a região, pois irá afetar a maneira qual os índios vivem. Estes irão ter que se readaptar, pois irá afetar a quantidade de peixe que chega nessa área, sem dizer que pode provocar um alagamento na região em qual vivem, os forçando a se mudar. Um dos rios ameaçados recebe o nome de Von den Steinen, um antropólogo alemão que realizou umas das primeiras expedições cientificas no Mato Grosso. Sua ideia sobre o Xingu se resume a:

            “Qual será o futuro dos nossos amigos do Xingu? São 3 mil aborígenes que apresentamos, primitivos como saíram das mãos da natureza, portanto, capazes de desenvolvimento intelectual e moral se forem guiados propriamente, ou brutais se forem maltratados”
 Alguns séculos mais tarde, Aritana, cacique do povo Yawalapiti, resume o processo de luta por emancipação dos povos da região:
            “ O orlando [villas-boas] Já fez coisa demais para nós, agora é nossa vez de cuidar daqui. Nós não queremos mais o branco mandando e defendendo a gente, queremos que os própios índios se relacionem com o Governo, mandem documentos, contratem médicos e professores”
 o que podemos concluir, depois desses dois depoimentos, é que o que Steinen disse acabou se realizando: Os irmão villas-boas foram bons guias para os índios, iniciando um projeto para ajuda-los da melhor maneira possível. Com isso, os índios conseguiram balancear a sua vida na civilização e a sua vida cultural indígena, desenvolvendo um intelectuo, e querendo participar e ajudar em causas a respeito do Xingu.

A vida indígena

     Quando Cabral chegou ao Brasil, em 1500, ele recebeu alguns índios em sua caravela. Os índios apontaram para objetos feitos de ouro e prata, o que levou os portugueses a pensarem que havia estes metais preciosos na terra. Neste primeiro encontro, ocorreu um grande choque cultural: os portugueses estranharam os índios andando pelados e os índios estranharam os portugueses andando vestidos. Também ocorreu um choque com relação a comida, pois enquanto os portugueses tentaram oferecer vinho para os índios, estes estavam acostumados a se alimentar de frutas e alimentos derivados da mandioca.
Mandioca
      

     A mandioca, uma raiz nativa da América do Sul, possui 62 gramas de água, 0,8 gramas de proteína, 0,3 gramas de gordura, 36 gramas de carboidratos, 0,1 de fibra,  0,9 de minerais, e 1,1 gramas de ferro. Também possui 46 gramas de fósforo, que participa do metabolismo dos glicidios, age na contração muscular, e também integra o DNA e o RNA. A mandioca também possui 35 gramas de cálcio, que é importante na formação estrutural dos ossos e dentes,  e ajuda na coagulação do sangue junto com a vitamina K. 

Água
62 g
Proteína
0,8 g
Gordura
0,3 g
Carboidratos
36 g
Fibras
0,1 g
Mineiras
0,9 g
Fosforo
46 g
Cálcio
35 g
Ferro
1,1 g
Vitamina b1
0,06 g
Vitamina b2
0,04 g
Vitamina c
39 g
Niacina
0,7 g

 Quadro com as informações nutricionais de 100 gramas mandioca. 

     O primeiro encontro entre portugueses e índios foi pacífico e ocorreu trocas de objetos e informações. Os portugueses mostraram objetos como espelhos e facas, enquanto os índios mostravam a terra para os portugueses. Dentre as coisas mostradas pelos portugueses foi o grão arroz, que possui 6,7 gramas de proteínas, responsável pelo fornecimento de aminoácidos, que tem função de construir e manter os tecidos que compõem o nosso organismo. Possui 1 grama de zinco, que auxilia no sistema imunológico. O arroz também tem 80,4 gramas de carboidratos, que é o fornecedor de energia para as células.  

Água
12 g
Proteína
6,7 g
Lipídios
0,4 g
Carboidratos
80,4 g
Fibras
0,3 g
Tiamina
0,07 g
Riboflavina
0,03 g
Niacina
1,6 g
Ferro
0,8 g
Zinco
1 g
Energia
363 kcal
Quadro com as informações nutricionais do arroz

     Nesse início, o comercio com as Índias se mostrava forte, então o Brasil era somente uma parada para reabastecer antes de ir para o oriente. Porém esse comércio começou a decair, principalmente com a concorrência holandesa. Com isso, Portugal tinha que achar outra fonte de renda, e ao ver que o Brasil estava sendo invadido pelos Espanhóis, decidiu procurar aqui um novo produto para ser comercializado. Em 1530 a expedição de Martins Alfonso, que tinha como objetivo colonizar e iniciar o plantio da cana de açúcar. Nesta época, os índios serviram como escravos. Porém sua escravidão durou somente 30 anos: de 1540 a 1570, e ocorreu principalmente nos estados de Pernambuco e Bahia. A maior parte dos índios não resistiram a escravidão; morriam pelo excesso de trabalho ou cometiam suicídio. Sem dizer que com o grande conhecimento das terras, uma grande parte também acabava fugindo. A violência e a guerra contra o índio ocorria quase exclusivamente com as tribos inimigas, pois os colonizadores não queriam arruinar sua "amizade" com as tribos pacificas. Em 1549, os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil, que foram mandados pelo rei para catequizarem os índios. Os jesuítas também podiam falar aos colonos quais tribos eles podiam escravizar ou não, pois havia os povos quais eles consideravam muito ingênuos, e não queriam que fossem corrompidos pela sociedade. Mesmo com todas essas violências; físicas, psicológicas, e culturais, o que mais matou os índios foram as doenças trazida pelos europeus. Uma delas foi a varíola. A varíola é uma doença causada por vírus, chamado Orthopoxvirus. Ela é uma doença infecciosa, que se
Vírus da Varíola
passa de uma pessoa para a outra através das gotículas de saliva, roupas de cama e roupas em geral. A transmissão da doença para as outras pessoas é mais forte durante a primeira semana da doença, e pode ser contagiosa até que a casca das feridas caia. O vírus da varíola pode ficar incubado de sete a 17 dias. Depois o vírus se espalha na corrente sanguínea, e se estabelece na região cutânea que  provoca febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor nas costas e abatimento. Esse estado permanece de dois a cinco dias. A seguir, a doença assume uma forma mais violenta: a febre baixa e começam a aparecer protuberâncias avermelhadas, primeiro na garganta, boca, rosto e depois se espalham pelo corpo inteiro. Com o tempo, as erupções evoluem e se transformam em pequenas bolhas cheias de pus, que provocam coceira intensa e dor. Quando a doença torna menos violenta, as bolhas causam coceira, e há o risco de o paciente perder a visão, devido à inflamação grave que pode ser provocada se o paciente coçar as feridas e passar as mãos nos olhos. A varíola não tem cura. E a única medida eficaz é a vacinação. Outra doença é a Malária, que é provocada pela picada da fêmea da espécie de mosquito Anopheles que está infectada pelos protozoários do gênero Plasmodium.
Mosquito da Malária
Os sintomas são dores de cabeça, febre alta (que ocorre de três em três dias), calafrios, dores musculares,  e as vezes delírios. Alguns sintomas passageiros são convulsões, vômitos, desorientação, sonolência, e as vezes pode até levar a coma. O tratamento da malária é feito com medicamentos específicos, que impedem o desenvolvimento da doença. Quando o tratamento é feito rapidamente, logo no inicio da doença, pode-se ter cura. Porém, se a pessoa já desenvolveu a malária grave e complicada, pode se ocorrer problemas no fígado, rins e cérebro, podendo levar a morte. Uma outra doença é a Hanseníase. É causada pelo bacilo de Hansen, Mycobacterium leprae. A doença ataca a pele e os nervos periféricos. O bacilo é transmitido através das vias respiratórias de uma pessoa infectada. Porém, somente 5% das pessoas expostas ao bacilo realmente adoecem. O período de encubação da doença é de 3 a 5 anos. Os sintomas da Hanseníase são: manchas brancas ou vermelhas pelo corpo, perda de sensibilidade do tato, da noção de frio e quente, diminuição de força muscular. Também causa febres, endemias e dor nas juntas. A hanseníase tem cura, e o tratamento é gratuito em postos de saúde. O tratamento é feito oralmente, combinando dois ou três remédios. Uma última doença é a
Mancha de Tíneas
Tíneas, que é um distúrbio cutâneo comum, especialmente em crianças. Pode ser transmitida por meio de contato direto ou de objetos, como pentes, piscinas e roupas. Animais domésticos também pode transportar a doença. O gato é um bom exemplo. A tíneas causa uma mancha avermelhada redonda, que no centro parece normal, porém as bordas são elevadas e parecem ásperas. O tratamento é cremes tópicos que não precisam de prescrição médica e pós antifúngicos